domingo, 16 de outubro de 2011

Carta para Fernando CèsarT

Querido CésarT.      

A chuva é o meu íntimo, tal simbologia crê .
Dizer que sou fria e primitiva, transforma-me num monstro.
Eu, nos braços do meu amor, você na tristeza corriqueira de seus dias cinzas.
Sua disposição em ofender e menosprezar seus amigos íntimos.
Se é que existem!
Sou realmente uma hipócrita e bastarda, sou o que você nunca quis em uma pessoa;
Porém lhe proporcionei prazer em dias diversos.
Minha prosa, minha ausência, minha crise, lhe deram temas e expectativas para a escrita.
Capricorniana, muitas vezes , sua, inteiramente sua, mesmo que emprestada por algum momento.
Eu continuo a mesma, a velha Ana, martirizada e jovem em segredo.
Estou perdendo minha beleza com os anos e me tornando uma pessoa mais difícil e possessiva.
Eu sou o que ridicularizava. Eu sou a estranha, a incerta, a mal amada, a inércia...
Eu sou, como vê, suja e maltrapilha.
Eu sou Ana.

Esta carta pode ser ficcional ou não.

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