quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Noite e saliva

É noite,
A vida desencadeia
Entre charmes e olhares
Fico triste.
Com ou sem motivo.
Entendo obviamente
As hierarquias da vida
Sinto-me pouco,
Muito pouco.
Só o silêncio conforta
Se o não já é costume
É simples não.
O não da vida.
E meu peito feito vítima.
Não quero não!
Sim ao amor
E a paz lenta e a divagar
Entendo o Amor
Oceano maravilhoso onde é permitido erros.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Clamor

Eu clamo para que meu corpo se apaixone.
Eu quero meu corpo apaixonado
Por você
Por ti
Pormenores
Quero entrar no seu intimo
Invadir devagar seus lábios alheios
Seu nome santo
Como Maria
Eu te entenderia se você falasse
Eu clamo por um corpo pálido
Involuntário, sem nome...
Procuro uma rosa,
Uma orquídea
Uma caveira
Eu quero peles e ossos
Carne, músculos
Algo bucólico
E antes,
Digo que te amo.

Procuro as novidades do seu segredo
Não é isso que damos nome de prazer?
Quero me deliciar no seu verbo
Lamber seus adjetivos
E Foder seus defeitos.
Te farei um filho
Você dará nome
Comprar casa, carro, eletrodomésticos.
Pagarei as prestações
E num gozo,
E enorme desespero
Num desprezo.
Esvair o amor