quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Carta para Ana

Querida Ana.        


Estive pensando, que não sei o que é o amor. Afinal, eu só entendo de posses e prejuízos.
Uma coisa mastigada , ingerida e vomitada com o tempo;
O tempo me deixou cético, pensativo , velho e rancoroso, mas de forma sutil.(só coloco sutileza pra não parecer tao pesado).
A vida me escreveu assim, de forma singela e desorganizada.
Um livro ou filme, não são capazes de fazer minha fértil imaginação perdurar; eu apenas quero escrever pra mim mesmo ou pra você. Mesmo que não leia, eu me sinto bem, então é apenas a minha satisfação.
Eu lhe pergunto , Ana, como amar pessoas que não são da nossa família. da nossa casa, do nosso meio.
Conhecer alguém e dizer simplesmente que se confia. O amor nos faz ficarmos céticos ao pensamento alheio. Nós em nosso individualismo somos nós mesmo, mas sendo outro. Nos apaixonamos por nós mesmos, nos amamos e nos acostumamos com esse carinho.
A fórmula mais indicada para nosso receio de amar é o tempo de amadurecimento.(coube falar de amadurecimento como promessa pra vida inteira, como justificativa para a vida).
Deus está no seu lugar, invisível, e conversa conosco através de nós.
Hoje não importa o que dizem os religiosos e místicos, eles estão tão distantes de Deus, como qualquer pessoal na face da terra.
Eu amo pode lhe escrever, de fato; minhas anotações diárias, são olhares inusitados de mim mesmo pra mim mesmo, como narciso; mas o amor(eu poderia fechar aqui justificando o amor como produto final e eterno de solução indicada pra exatamente tudo) eis que é vivo e sombrio em tempos difíceis;
e Deus? Onde está Deus Ana, e onde estamos?
Só sei que , quando estamos alegres fazemos pedidos com alegria, quando estamos tristes, com tristeza, quando estamos apáticos, com apatia, e assim, até a morte.
Justifico esse presente raciocínio como alma livre e convicta de muito pouco porém objetiva de sonhos e ideais, usando a imaginação como sinônimo de nobreza.
Ana, eu também chorei em Marley e eu!

Esta carta pode ser  ficcional ou não...

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